O Indicador de Confiança do Consumidor inverteu a tendência descendente dos últimos trimestres, denotando o aumento da confiança das famílias cabo-verdianas, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o comunicado do INE, sobre o inquérito de Conjuntura no Consumidor, o indicador evoluiu negativamente face ao mesmo período do ano 2019.

“Os resultados do 4º trimestre de 2020, o indicador de confiança no consumidor inverteu a tendência descendente dos últimos trimestres. A confiança das famílias cabo-verdianas aumentou e nota-se ainda, uma evolução negativa comparativamente ao trimestre homólogo”, lê-se na nota.

A mesma fonte elucida que este resultado se justifica basicamente pela apreciação negativa das famílias sobre a sua situação financeira e a situação económica do país para os próximos 12 meses, relativamente ao trimestre homólogo.

De acordo com as famílias inquiridas, avançou o INE, nos últimos 12 meses, tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo, ajuntando que os inquiridos, argumentaram que tanto os preços de bens e serviços como o desemprego no país aumentaram relativamente ao mesmo período do ano 2019.

Relativamente ao item poupança, o documento indica que a maior parte dos inquiridos (86,3%) no quarto trimestre do ano de 2020 considerou que, ainda, a actual situação económica do país não permite poupar dinheiro.

“No trimestre homólogo, esse percentual foi de 83,3%, o que representa um aumento de 3,0 pontos percentuais(p.p.) entre os dois períodos. De realçar que 10,8% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a actual situação económica do país sendo que, no trimestre homólogo, era de 16,4%, apresentando um decréscimo de 5,6 p.p”, adiantou o INE.

De acordo com a mesma fonte, para os próximos 12 meses, a situação financeira das famílias e a situação económica do país deverão evoluir negativamente face ao trimestre homólogo.

O INE realça ainda que cerca de 73 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza absoluta que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos, acrescentando, por outro lado, que no 4º trimestre de 2020, cerca de 22,3% dos inquiridos afirmaram positivamente que provavelmente irão construir ou comprar uma casa (24,2% no período homólogo) representando, uma diminuição de 1,9 p.p..