Segundo o comunicado do Instituto Nacional de Estatística (INE), a nível de comércio em estabelecimentos, o indicador de confiança manteve a tendência descendente do último trimestre, situando-se abaixo da média da série, destacando que a conjuntura no sector é desfavorável.

Nesta área, os empresários assinalaram a insuficiência de procura e preços de venda demasiado elevados, como os principais constrangimentos no desenvolvimento normal da actividade das empresas comerciais em Cabo Verde.

A mesma fonte referiu ainda, que a nível do turismo, de acordo com os resultados obtidos no segundo trimestre de 2023, constata-se que o indicador de confiança teve uma tendência descendente no último trimestre, situando-se ainda acima da média da série, relatando também que a conjuntura no sector é desfavorável.

Em comparação com o trimestre homólogo, o documento acrescentou que se observa ainda que o indicador evoluiu negativamente.

No sector da construção, a mesma fonte apontou uma conjuntura “favorável” em que o indicador de confiança continuou com a tendência ascendente do último trimestre, situando-se ainda abaixo da média da série.

Neste sector, os principais constrangimentos apresentados pelos empresários no decorrer do primeiro trimestre de 2023 foram os elevados níveis da taxa de juros, dificuldades na obtenção de crédito e excesso de burocracia entre outros factores.

Quanto à área do comércio em feira, o indicador de confiança contrariou a tendência descendente do último trimestre, embora evoluindo negativamente relativamente ao mesmo período do ano de 2022. Nota-se ainda que a conjuntura neste sector é desfavorável em relação ao trimestre homólogo.

Relativamente ao sector da Indústria Transformadora, o indicador de confiança contrariou a tendência descendente do trimestre anterior, situando-se abaixo do nível da média da série, com uma conjuntura favorável no sector, assim como o sector de Transportes e Serviços Auxiliares aos Transportes.

O comunicado do INE acrescentou também que os inquiridos apontaram como principais causas das dificuldades sentidas neste sector frequentes avarias mecânicas nos equipamentos, falta de mão-de-obra especializada e elevado absentismo do pessoal de serviço e falta de matéria prima.

No que tange ao sector dos Transportes e Serviços Auxiliares aos Transportes, a mesma fonte avançou que o indicador de confiança continuou com a tendência ascendente dos trimestres anteriores, situando-se acima da média da série.

Dificuldades financeiras foram os principais obstáculos às empresas deste sector, bem como a concorrência e a insuficiência de procura.

Fonte: Inforpress