O Indicador de Confiança no Consumidor manteve o mesmo nível no quarto trimestre de 2019 relativamente ao anterior, situando o indicador acima da média da série, com evolução positiva comparativamente ao trimestre homólogo.

Segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), este resultado explica-se basicamente pela “apreciação positiva” das famílias sobre a sua situação económica actual e do país, assim como situação financeira das famílias para os próximos 12 meses, relativamente ao trimestre homólogo.

“Para as famílias inquiridas, tanto a sua situação económica do seu lar como a económica do país evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo. Na opinião dos inquiridos, os preços mantiveram-se estagnados e, nota-se uma queda significativa do desemprego relativamente ao mesmo período do ano 2018”, indicou.

No que se refere à poupança, 83,2 (%) dos inquiridos no quarto trimestre de 2019 considerou que a actual situação económica do país não permite poupar dinheiro.

“No trimestre homólogo, esse percentual foi de 63,8%, o que representa uma diferença de 19,4 pontos percentuais (p.p.) entre os dois períodos. De realçar que 16,5% dos inquiridos afirmam ser possível poupar algum dinheiro com a actual situação económica do país sendo que, no trimestre homólogo era de 23,8%, apresentando uma diminuição de 7,3 p.p.”, comparou o INE.

Para os próximos 12 meses, os inquiridos perspectivaram uma evolução positiva tanto para a situação financeira das famílias como económica do país.

As famílias inquiridas perspectivaram, também, o aumento do preço de bens e serviços, bem como do desemprego.

Dados do INE apontam ainda que cerca de 75 em cada 100 entrevistados afirmam ter a certeza absoluta que não tencionam comprar carros nos próximos dois anos.